sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ser Intercambista

Ser INTERCAMBISTA é nascer de novo, é começar tudo do zero, é sentir saudades, é aprender a valorizar o que se tem. É ter medo, é saber cuidar de si mesmo quando ninguém mais pode estar ali com você. É passar fome, é comer em excesso, é pisar no inimaginável, conhecer o desconhecido. É inventar sobre você e seu país, é fazer qualquer encontro com intercambistas se tornar a maior festa. É estar sempre sem dinheiro, é gastar muito com coisas inúteis. Passar a noite contando as moedas para ver se você vai poder sair. É passar frio, passar calor, ser motivo de piada e fazer piada. É sair ridículo de casa, afinal, eu sou estrangeiro. É fingir que ainda não entende o idioma para alguns e fingir que entende tudo para seus “novos amigos”. É ter histórias absurdas pra contar, é achar que só você é normal, é achar que o mundo é seu. É querer conhecer o mundo com uma mochila, é sentir falta das coisas mais idiotas, das comidas mais simples, das pessoas mais amadas. É passar um dia chorando em casa e no outro rir até não aguentar mais. Ouvir o tempo todo que você não sai do computador, e quando você sai com seus amigos, dizem que você sai demais. É criar amigos, criar uma nova família que você nunca vai esquecer. É engordar, emagrecer, sofrer e crescer. É aprender com seus erros e tentar melhorar os seus “defeitos”. É descobrir que a gente é gente em qualquer lugar do mundo, é querer voltar para casa e depois nunca mais querer voltar. É ficar feliz com pouco, é fazer festa por nada. É ser intercambista, porque só quem é ou foi, sabe realmente o que quer dizer “ser intercambista”. (Autor Desconhecido)